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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

EMPENAMENTO DO PRODUTO

9. Empenamento

Materiais semi-cristalinos como POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres) tendem a empenar muito mais que os materiais amorfos. Este ponto tem que ser levado em consideração já no início do projeto de novos moldes e de novos produtos. Se isto não é feito, fica quase impossível corrigir o problema num estágio mais avançado. Este artigo trata sobre as causas do empenamento e passos que podem ser tomados para prevenir e evitar este problema.

9.1 Quais são as principais causas do empenamento ?

A contração é relativamente alta em materiais semi-cristalinos e é influenciada por um grande número de fatores. No caso de materiais não reforçados, o empenamento é grandemente influenciado pela espessura de parede da peça e pela temperatura da cavidade.

Grandes diferenças em espessuras de parede e temperaturas do molde inadequadas provocarão o empenamento da peça. Características totalmente diferentes de contração irão se tornar evidentes no caso de materiais reforçados com fibra de vidro, devido a orientação das fibras. O efeito das diferenças de espessura sobre a contração é relativamente pequeno. Neste caso, a
principal causa do empenamento é a diferença entre a orientação longitudinal e transversal da fibra. Essencialmente, o empenamento ocorre devido à distribuição da espessura de parede, localização do ponto de injeção, restrições ao fluxo, assim como da rigidez inerente da peça injetada. Estas diferentes causas de empenamento, independentemente do material ser reforçado com fibra de vidro ou não, frequentemente provocam um efeito de empenamento contrário na mesma peça.

9.2 Como evitar o empenamento ?

Peças injetadas com materiais não reforçados devem ter espessuras uniformes. Acúmulos de material devem ser evitados sempre que possível. Entradas múltiplas podem ser usadas para conseguir minimizar a perda de pressão e, desta forma, reduzir as diferenças de contração ao mínimo. O sistema de aquecimento do molde deve ser projetado de modo que o calor seja dissipado com a maior uniformidade possível. Com materiais reforçados com fibras de vidro, a simetria da peça moldada é tão importante quanto a uniformidade das espessuras. Peças assimétricas alteram o fluxo e a orientação do material, causando empenamento. No caso de peças assimétricas, portanto, é necessário balancear o fluxo mediante a incorporação de uniformizadores de fluxo. Aposição do ponto de injeção também é de grande importância – todas bifurcações e todas linhas de união são potenciais causadoras de empenamento.

9.3 Que possibilidades estão abertas para o transformador?

Assumindo que a peça, o ponto de injeção e o molde foram corretamente projetados, o transformador pode controlar o empenamento, até um certo ponto, através da pressão de recalque e da temperatura do molde. O uso de vários circuitos de aquecimento para otimizar a dissipação de calor é uma prática normal. No caso de materiais reforçados, mudanças na velocidade de injeção e/ou na temperatura do molde podem promover pequenas melhoras. Entretanto, se a possibilidade de empenamento não foi prevista na fase de projeto do molde e da peça, este não pode ser corrigido por modificações nas condições de moldagem.

9.4 O que pode ser feito quando o empenamento ocorreu?

O passo mais importante, especialmente no caso de materiais reforçados com fibras de vidro, é conduzir um estudo de preenchimento do molde, (preenchendo o molde parcialmente, em vários estágios). Pelo estudo do perfil da frente de fluxo, a orientação das fibras pode ser reconstruída.
Referindo-se às curvas de contração de materiais reforçados, pode-se tomar medidas para reduzir o empenamento, como por exemplo, pela incorporação de diretores de fluxo ou restrições ao fluxo. Este método requer muita habilidade e experiência prática e, ao mesmo tempo, permite aos envolvidos aprimorarem seus conhecimentos, que podem auxiliar na tomada de decisões futuras. Entretanto, os resultados ficam limitados em função das características dos materiais. No caso dos polímeros cristalinos, por exemplo, não é possível obter a mesma planicidade que comos polímeros amorfos. Para compensar esta diferença, pode-se usar as formulações de baixo empenamento. Estes materiais apresentam um bom balanço entre as propriedades e o empenamento, devido a modificações químicas ou a combinação de diferentes reforços. O último método, e também o mais caro, consiste em alterar o molde. Se já há experiência com peças similares, insertos corrigíveis são a melhor solução para peças críticas.

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